A “Coletiva de Artes Plásticas” realizada anualmente pelo Museu Casa de Portinari, há décadas, figura entre as principais ações da instituição pelo entendimento que a preservação da memória e do legado do pintor passa, também e necessariamente, pelo compromisso com o fazer artístico.
Reunir, numa verdadeira celebração, e abrir espaço aos artistas em seus múltiplos olhares e propostas estéticas plurais que enriquecem o público é um dos caminhos que permitem que o museu cumpra o seu importante propósito de fomentar a produção e difusão das artes plásticas em consonância à sua missão.
Considerando o momento atual em que o distanciamento social é necessário e imperativo, e compreendendo que para a arte não há fronteiras, tampouco barreiras físicas ou de qualquer natureza, o Museu Casa de Portinari, nesse espírito, reúne artistas plásticos para esse Encontro Virtual que celebra Candido Portinari, um dos principais capítulos da Arte Brasileira e valoriza os artistas em atividade.
Como uma festa, um encontro da arte, de artistas e de públicos, se propõe , ainda, a prestigiar e ser um canal legítimo e democrático de abertura aos artistas e ao talento, beneficiando diretamente o público, em um formato compreendido como estratégico pelo Museu Casa de Portinari para que possa abrir suas portas e dialogar com todo artista interessado em apresentar a sua produção, independentemente de classificações ou categorizações estilísticas e plásticas, ampliando a fruição e apreciação de diferentes conteúdos e formas de expressão presentes aqui, acolá, em todo lugar.
O Ateliê Coletivo – Pintando com Portinari presta uma homenagem a Candido Portinari e na soma do talento de muitos artistas juntos torna a arte, o generoso e corajoso ofício de criar mais forte, legítimo e reconhecido.
Busca-se com isso uma proposta na qual artistas estejam em evidência e suas obras visíveis ao público de forma direta, num processo inclusivo e democrático, focado em poéticas e processos criativos e não em seleção.
Tem como fio condutor o entendimento e a valorização da arte como fator de conhecimento e desenvolvimento pessoal e coletivo, podendo, assim, ser entendida como ponte legítima ao pleno exercício da cidadania e aos direitos humanos universais.