O Giardino Portinari é uma Exposição a Céu Aberto, criada pelo Museu Casa de Portinari, em parceria com a Prefeitura Municipal de Brodowski e empresas locais, lançado em agosto de 2021.
O projeto inicia as homenagens de duas datas importantes: os 100 anos da Semana de Arte Moderna e os 60 anos da morte de Candido Portinari, ambos em 2022.
A mostra apresenta cerca de 20 painéis com réplicas de obras de Portinari, que contemplam as relações do pintor com a sua terra natal, aspectos da história local como a imigração italiana e homenagem a Chiampo – cidade-irmã de Brodowski – a convivência entre os povos e a proteção ambiental, temas importantes na sociedade contemporânea.
É um espaço arborizado e aberto ao público – um lugar de arte, conhecimento e diversão. Ainda, conta com recursos de acessibilidade e projeto luminotécnico permitindo a visitação também no período noturno. Um quarteirão temático dividido em núcleos, a saber:
– Núcleos Históricos: Imigração Italiana e Memória Ferroviária
– Núcleos Portinari: Celebração à terra natal, Paisagens de Brodowski, Cenas e temas de Brodowski e Cenas de infância
– Núcleo Arte e Meio Ambiente: Sustentabilidade
Uma homenagem do Museu Casa de Portinari ao artista Candido Portinari. Um tributo a Brodowski. Uma celebração ao amor do pintor pela terra natal. Um enaltecimento à cidade-irmã italiana. Um agraciamento aos brodowskianos, a quem dedicamos esse projeto. E uma saudação de boas-vindas a todos os visitantes!
A nossa história passa pela vinda
dos italianos para o Brasil.
“Saí das águas do mar
E nasci no cafèzal de Terra roxa.
Passei a infância
No meu povoado arenoso.”
Candido Portinari
O Giardino Portinari está instalado na área
do antigo leito da Mogiana.
A nossa história passa por aqui…
“Fizeram uma parada, uma parada
Para o trem carregar café,
Antes, estradas difíceis, só carros de bois
Transitavam, levando dias e dias.
Depois, uma casa aqui, outra ali.”
“Na plataforma da estação
Esperávamos a chegada do trem
Talvez viesse qualquer coisa
Para nós: um volume de alegria”
“Entrava em meu povoado,
Atravessava-o para chegar
Em casa. Sempre
A alegria da volta compensava”
“As viagens de trem foram as melhores.
Olhando as árvores, as casas, os animais e
Os fios telegráficos, ia sonhando.
As paisagens e seus habitantes
Vistos dali pareciam contentes…
Tudo endomingado.
Apreciava o Ruído do trem.
Nas paradas, nas pequenas estações, lá estavam os
Mendigos, cegos ou sem perna, os
Meninos apregoando alguma coisa e as
Filhas do chefe vendendo café em
Uma janela”
Candido Portinari
Brodowski eternizada pelo pintor!
…”Num pé de café nasci.
O trenzinho passava
Por entre a plantação.”
Candido Portinari
O amor do pintor pela terra natal.
“A cavalo fui por um caminho.
Olhava o campo a se perder de vista,
Plantações ordenadas, pontilhadas de casebres,
O córrego serpenteado nos acompanhava.
O ar resinoso das montanhas e matas
Era delicioso. Íamos tranqüilos.“
Candido Portinari
O registro profundo da terra natal.
Candinho, para sempre o menino de Brodowski.
Não tínhamos nenhum brinquedo
Comprado. Fabricamos
Nossos papagaios, piões,
Diabolô.
A noite de mãos livres e
Pés ligeiros era: pique, barra-manteiga, cruzado.
Certas noites de céu estrelado
E lua, ficávamos deitados na
Grama da igreja de olhos presos
Por fios luminosos vindos do céu
Era jôgo de
Encantamento. No silêncio podíamos
Perceber o menor ruído
Hora do deslocamento dos
Pequenos lumes… Onde andam
Aquêles meninos, e aquêle
Céu luminoso e de festa?
Os mêdos desapareciam
Sem nada dizer nos recolhíamos
Tranqüilos…
Candido Portinari
Contribuir para atividades humanas harmoniosas com a natureza, de forma a atender as necessidades
ambientais, sociais, econômicas e culturais da presente e das futuras gerações.
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